terça-feira, 31 de maio de 2011

Banzo

(máscara+Mbangu[Congo-África])

Banzo

Seu sangue desceu o Congo
veias de rios o seu leito,
Cantou o tantã guerreiro
batidas dentro do peito

Na cuia do aconchego
mato a sede no porongo
Só nesse seio me achego
forma de mama do Congo

As águas puras da sanga
trazem lembranças de pranto
do canto triste do mar
navio negreiro a singrar

Os goles de cada gota
no amargor desse mundo,
eu vou sorvendo a cicuta
do banzo verde e profundo.

Gladis Deble

.

Um comentário:

  1. Passando e me encantando com tantas poesias, parabéns minha flor por tanta beleza reunida, teu blog está um espetáculo.
    Grande abraço e beijos de Mel

    ResponderExcluir