sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Trem Fantasma


Trem Fantasma

Este trem de paragens remotas
Cruza pontes de aço e rios de prata,
da montanha na curva desponta.
Leva gentes e traz poesia.
No seu bojo de ferro e alento,
come lenha, engole fogo
no seu ritmo firme e frenético.
Quase sempre ignora meus rogos.
Minhas lágrimas com gosto absinto
formam poças que escorrem dos trilhos.
Passageiros aguardam na gare,
os amores de outra estação.
A saudade e a ausência é que plasma
esta máquina em viagem nas nuvens
invade meu céu como um trem fantasma.

Gladis Deble

.

Nenhum comentário:

Postar um comentário