quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Meio dia


Meio dia

Pela janela aberta
tudo vejo, debruçada.
Da floreira, em flor
desperta das hastes
a trepadeira.
E os ponteiros
empilhados da
hora do meio dia.

Sentido de impermanência
discuto esta inquietude,
Sou meu próprio solilóquio
a discordar na poesia...
Não emito nenhum som,
O sol a pleno reflete luz.
O muro não faz nenhuma sombra,
Uma lâmina de lume
penetra a vidraça, agora.
Transpaça e recorta
os objetos e louças
que estão sobre a mesa.
Brincamos de estátua
na hora do almoço.

Gladis Deble

.

Nenhum comentário:

Postar um comentário