quarta-feira, 11 de abril de 2012

Memórias de uma borboleta



Memórias de uma borboleta

Um corpo frágil de borboleta
dança no brisa ao esgueirar-se
Quando sem viço, feia e inútil
guarda resquício de outra fase.

Rola na terra
tecendo a fibra
da própria asa...

Cumpre no ar sua missão
renova as flores,
Transporta a vida
Polinizando em nova versão.

Ela não conta as várias crises
Não lembra as dores
daqui do chão.

Dança no ar iridicente
Só beija pétalas
da nova estação.

Gladis Deble

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