
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
Nova Senda

Nova Senda
Meus pés de transpor distancia
Cruzam os campos e praias
Nos braços trago oferendas
ramo de flor do meu pago
no caderno poesias
para fazer-lhe um afago.
Átomos brincam com o lápis
de escrever o novo tempo
Partículas da mesma luz
coadas ao véu da janela
deixam ver fábula e lenda
das pedras da nova senda.
Gladis Deble
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
É VERÂO

É verão
Agora já vislumbro
a claridade das portas do sol
O arauto do verão solta sons
vibrantes e esparrama sinfonia.
Aquela vontade firme de ser feliz
todo dia salta pelos póros
Não fica mais escondida como no inverno
sob os cachecóis , contida.
Todos os artistas exibem suas criações
expandem sua lírica poética.
É verão nos trópicos !
Derramam-se flores de alegria
Minha moldura é pura luz
A janela dos quatro elementos
vibra em sintonia com a brisa
A bandeira do amor tremula
livre nos campos do pampa
Equalizam-se as sombras...
O sino dos ventos entoa
repetidos mantras na varanda
meus sentidos estão mais receptivos.
Oriundos do seu olhar de mormaço
tiroteios atingem meu pala de seda
Da maneira que estou empolgada
é provável que meu cavalo alumbrado
dispare sem freio e pule o alambrado.
GLADIS DEBLE
Agora já vislumbro
a claridade das portas do sol
O arauto do verão solta sons
vibrantes e esparrama sinfonia.
Aquela vontade firme de ser feliz
todo dia salta pelos póros
Não fica mais escondida como no inverno
sob os cachecóis , contida.
Todos os artistas exibem suas criações
expandem sua lírica poética.
É verão nos trópicos !
Derramam-se flores de alegria
Minha moldura é pura luz
A janela dos quatro elementos
vibra em sintonia com a brisa
A bandeira do amor tremula
livre nos campos do pampa
Equalizam-se as sombras...
O sino dos ventos entoa
repetidos mantras na varanda
meus sentidos estão mais receptivos.
Oriundos do seu olhar de mormaço
tiroteios atingem meu pala de seda
Da maneira que estou empolgada
é provável que meu cavalo alumbrado
dispare sem freio e pule o alambrado.
GLADIS DEBLE
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Tontas utopias

Tontas Utopias
As minhas utopias andam tontas
de buscar-te e sonhar-te, incompletas
e este peito arfando ainda canta
pela justiça e paz que quer repletas.
Não mais te quero assim tão dependente
Sempre te sonho transformado meu país
Sem rios poluídos,sem fome os inocentes
De uma maneira pura e sempre mais feliz.
Te quero nobre, saudável nunca aviltado
Teus rios caudalosos, tuas matas
Não quero meu irmão sacrificado.
Sonhei a vida livre com arte encantada
na cumplicidade da fantasia que não cessa
Persisto na utopia da sociedade feliz e organizada.
GLADIS DEBLE
Bagé / RS
As minhas utopias andam tontas
de buscar-te e sonhar-te, incompletas
e este peito arfando ainda canta
pela justiça e paz que quer repletas.
Não mais te quero assim tão dependente
Sempre te sonho transformado meu país
Sem rios poluídos,sem fome os inocentes
De uma maneira pura e sempre mais feliz.
Te quero nobre, saudável nunca aviltado
Teus rios caudalosos, tuas matas
Não quero meu irmão sacrificado.
Sonhei a vida livre com arte encantada
na cumplicidade da fantasia que não cessa
Persisto na utopia da sociedade feliz e organizada.
GLADIS DEBLE
Bagé / RS
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Feira do Livro

Feira do Livro
Porto Alegre/RS
Vem habitar
essas tendas
exóticas tribos
dos mais diversos lugares
Respiram seus encantos
em ondas de versos
que escapam das fendas...
Crianças, danças
teatro de bonecos,
contendas...
Uma nova semente
é plantada
na mente da criança
recém nas letras
iniciada...
O odor da tinta de impressão
é inenarrável
tamanha a sensação
de novidade
a exalar dos livros...
Andar entre músicos
poetas e escritores
atrai comuns e famosos
olhares e fotógrafos.
Sempre que no Hemisfério Sul
a floração dos equinócios
atinge seu ponto máximo
a saudade da poesia
de Mario Quintana nos abraça
O verde mate do meu olho
vive o lume esperançoso
de um olhar mais ágil
sobre a nova geração.
Ainda podemos
escrever outra história
e humanizar o país
porque vem habitar
essas tendas
exóticas tribos
dos mais diversos lugares.
Gladis Deble
Pedra
terça-feira, 26 de outubro de 2010
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Os poetas

Os Poetas
Talvez
Um bando de malucos
Alienados ? Nunca.
Um punhado de crianças
Solidários nas lutas
Criativos e inteiros.
As vezes absurdos
facetados , intensos
Idealistas, mágikos.
Seres caminhantes
que carregam nos gens
um fogo subterraneo.
Talvez
Antigos construtores
buscadores da verdade
Artífices, sonhadores
Cavaleiros de uma
Antiga Ordem
Em busca do Graal
dos versos...
Ou de uma nova consciência
Um andarilho a caminho
da Terra Santa.
Cada novo poema é uma espécie de Cruzada
Que nos tornará ou não
mais apto para o que virá.
Gladis Deble
Bagé / RS
sábado, 16 de outubro de 2010
Qualquer tempo

Qualquer Tempo
A Poesia é o eco da voz
É o eco da voz
É o braço do verdugo,
A lâmina da guilhotina
onde rolam cabeças...
Como o acidente de transito
em qualquer esquina.
Suspenso o lençol de neve
que tudo resseca e cobre,
novo dia triunfante
de um ramo ancestral
se ergue...
Como rato no túnel
mordisco algum achado.
Alguem vai fazer um poema novo
sobre um velho assunto que eu
já pensei...
É setembro,
chove ainda.
Ainda bem que dá para
fazer poesia
em qualquer tempo.
Gladis Deble
A Poesia é o eco da voz
É o eco da voz
É o braço do verdugo,
A lâmina da guilhotina
onde rolam cabeças...
Como o acidente de transito
em qualquer esquina.
Suspenso o lençol de neve
que tudo resseca e cobre,
novo dia triunfante
de um ramo ancestral
se ergue...
Como rato no túnel
mordisco algum achado.
Alguem vai fazer um poema novo
sobre um velho assunto que eu
já pensei...
É setembro,
chove ainda.
Ainda bem que dá para
fazer poesia
em qualquer tempo.
Gladis Deble
Presença

Presença
Tento te ver
no resto do arrebol
Que sobrou do dia
Tento saber notícias
publicadas no sol
das manhãs luminosas
Quero saber se o vento norte
a varrer as madrugadas
líricas do meu país
sabe algo de ti
Quero saber se se os seres da floresta
no despertar das sementes
e na tenra brotação
trazem no vão dos dedos
a ternura do seu sorriso
a escorrer pelas mãos
Encontro vestígios de sua presença
na borboleta que invade o espaço aéreo
Numa voz triste que canta fado
No poema de Neruda que leio a sorrir
Nas lendas do rio...
Na castanha do recheio do bolo
que saboreio agora.
GLADIS DEBLE
Tento te ver
no resto do arrebol
Que sobrou do dia
Tento saber notícias
publicadas no sol
das manhãs luminosas
Quero saber se o vento norte
a varrer as madrugadas
líricas do meu país
sabe algo de ti
Quero saber se se os seres da floresta
no despertar das sementes
e na tenra brotação
trazem no vão dos dedos
a ternura do seu sorriso
a escorrer pelas mãos
Encontro vestígios de sua presença
na borboleta que invade o espaço aéreo
Numa voz triste que canta fado
No poema de Neruda que leio a sorrir
Nas lendas do rio...
Na castanha do recheio do bolo
que saboreio agora.
GLADIS DEBLE
sábado, 25 de setembro de 2010
Partida

Partida
Límpida praia deserta
Só o murmúrio do mar
Velava seus últimos passos
Agora extracorporal
na sombra leve e na brisa
Um corpo sumiu na areia
restando ao anjo da guarda
lamentar sua partida
e oferecer silencioso
Coroa e prece em despedida
na outra ponta do espiral
te receba em sua luz
O Criador Imortal...
Desce a matéria entre os mortos
Sobra o mistério para os vivos.
Gladis Deble
Límpida praia deserta
Só o murmúrio do mar
Velava seus últimos passos
Agora extracorporal
na sombra leve e na brisa
Um corpo sumiu na areia
restando ao anjo da guarda
lamentar sua partida
e oferecer silencioso
Coroa e prece em despedida
na outra ponta do espiral
te receba em sua luz
O Criador Imortal...
Desce a matéria entre os mortos
Sobra o mistério para os vivos.
Gladis Deble
Ânfora rosa

Ânfora Rosa
Minha taça de vinho erguida na mão
num lugar distante onde eu estive
é lembrança constante, sublime visão
rosado licor como beijos em desfile.
Dessa terna experiência me guardo em silêncio
Como a chuva que cai na cidade pequena
e nas trevas da noite essa quente covivência
me sinto melhor como as rimas na pena.
Só que o meu coração, ânfora rosa
não quer viver trancado, sem teu riso
Preciso dessa visão de paraiso.
Apesar de uma cena indecorosa
é preferível o vasilhame quebrado
do que te ver acorrentado e indeciso
GLADIS DEBLE
Minha taça de vinho erguida na mão
num lugar distante onde eu estive
é lembrança constante, sublime visão
rosado licor como beijos em desfile.
Dessa terna experiência me guardo em silêncio
Como a chuva que cai na cidade pequena
e nas trevas da noite essa quente covivência
me sinto melhor como as rimas na pena.
Só que o meu coração, ânfora rosa
não quer viver trancado, sem teu riso
Preciso dessa visão de paraiso.
Apesar de uma cena indecorosa
é preferível o vasilhame quebrado
do que te ver acorrentado e indeciso
GLADIS DEBLE
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Auto-retrato

O espelho em silêncio
responde minhas perguntas
diz como o outro me ve;
reflexivo e autêntico ,
sem direito nem avesso.
O registro da auto imagem
reforça a identidade.
Fujo da caricatura que o tempo
risca para mim
mas dessa ninguem escapa
nem da amiga impiedosa...
Olhar para dentro assim
num mergulho provocador
torna possível a busca.
Potencialidades da viagem
neste caminho complexo
e o monólogo estabeleço.
Amarro o fio condutor
no desenho que refaço,
desígnios em grafite.
Na linha o traço tem cor...
Na exposição das feridas
sou meu próprio curador.
Gladis Deble
ESPECIARIAS

Especarias
De uma velha porcelana
sirvo silente meu chá .
Imagens passeiam longe
Segredos em pensamentos
a desnudar da janela
meus fantasmas peregrinos
desfocados do contexto
vão tramando seus desenhos
Surge difusa textura a dançar no vento norte...
Com espírito de aventura
e um punhado de sorte
com você por companhia
eu cruzaria oceanos
prá buscar especiarias.
Gladis Deble
De uma velha porcelana
sirvo silente meu chá .
Imagens passeiam longe
Segredos em pensamentos
a desnudar da janela
meus fantasmas peregrinos
desfocados do contexto
vão tramando seus desenhos
Surge difusa textura a dançar no vento norte...
Com espírito de aventura
e um punhado de sorte
com você por companhia
eu cruzaria oceanos
prá buscar especiarias.
Gladis Deble
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Dia do gaúcho

Por ser 20 de setembro cavalos estão a passar
Pelo 20 de setembro, gaúchos a desfilar...
Buscam cavalos de longe, trazem chamas das batalhas
lenços, bandeiras e palas tremulam livres ao vento.
Nosso vasto território de um continente sublime
mantido a custa de guerra,ponta de lança e pata de cavalo.
A Revolução Farroupilha sempre é comemorada
levam guampas de cachaça, uma adaga atravessada,
dormem no campo ao relento, fazem fogo, tomam fogo
curam com mate a ressaca.
Relembram seus entreveros e tocam violão e gaita.
Passam a noite em cantoria. Os velhos contam pros netos
velhas façanhas das guerras que ouviram de seus avós...
Nosso inimigo espanhol sempre vinha da Argentina
nesta fronteira, do Uruguai.
Quando La Torre endoidou na Revolução de 93 e numa tarde de sol
mais de duzentas carótidas cortou,eram tempos de degola...
O ''mote'' era a letra j que mandava pronunciar como eram castelhanos
diziam''rota'' suas cabeças rolavam para dentro da lagoa.
Dessa epopéia sangrenta e dessa forma telúrica é que se propaga a lenda
aqui da Lagoa da Música e manteve-se o contorno do mapa ao sul do Brasil.
Por isso nossos heróis nunca serão esquecidos sua saga se propága
e os fantasmas não repousam nem na paz da sepultura.
Gladis Deble
Diario de Bordo

Porto Alegre
Na umidade do ar dançam folhas pelo chão
Corredores de lilases, saudades na amplidão.
Ecológico documentário desperta novas idéias
na pauta do meu viver a travessia da tarde
usa diversas linguagens num diálogo instigante.
E o meu olhar andarilho desvenda essa cidade
vai decifrando detalhes nesse percurso poético
e passeia meu olhar pelos prédios centenários
ampliando meu andar por esquinas de Porto Alegre.
Ajusto o foco da lente , enquadro todos no conjunto
bicho, gente,fontes, monumento e numa busca constante
pessoal e coletiva vou construindo a intenção
de registrar para todos a sulina identidade
mas no vai e vem fico triste sem você na multidão...
Para completar a paisagem acredito que vai nevar.
Gladis Deble
domingo, 25 de julho de 2010
Pássaros na praia
Sonhos

Sonhos
A hera perdeu as folhas
nenhuma reveste o muro.
O musgo contorna as pedras
num mosaico sem sentido.
Das formas que abstraio
fitando o fogo em penumbra
a nenhuma me reporto
nenhuma me representa.
Nesse mutismo aparente
de figura congelada
olho parado na chama
uma lembrança se cruza.
Naufrágios no meu olhar
de veleiro portugues ou galeão espanhol
numa lágrima remando
conseguem chegar a praia
fragmentos dos meus sonhos
ressacas a preamar.
Gladis Deble
A hera perdeu as folhas
nenhuma reveste o muro.
O musgo contorna as pedras
num mosaico sem sentido.
Das formas que abstraio
fitando o fogo em penumbra
a nenhuma me reporto
nenhuma me representa.
Nesse mutismo aparente
de figura congelada
olho parado na chama
uma lembrança se cruza.
Naufrágios no meu olhar
de veleiro portugues ou galeão espanhol
numa lágrima remando
conseguem chegar a praia
fragmentos dos meus sonhos
ressacas a preamar.
Gladis Deble
sábado, 24 de julho de 2010
Meu Barco
Ramagem

Ramagem
Atrás do muro jalde-negro
Vou juntando quinquilharias
Tecendo peças da história
Entre musgo e fantasias.
Lá atras daquele muro
O vento assobia forte
Na solidão dos umbrais
Tece bordados estranhos
E a noite afia punhais.
O plátano verga os galhos
Esparrama suas folhas
E a vida não é pequena
Se transpor a brotação
Para fazer a ramagem
Da próxima estação.
Gladis Deble
Atrás do muro jalde-negro
Vou juntando quinquilharias
Tecendo peças da história
Entre musgo e fantasias.
Lá atras daquele muro
O vento assobia forte
Na solidão dos umbrais
Tece bordados estranhos
E a noite afia punhais.
O plátano verga os galhos
Esparrama suas folhas
E a vida não é pequena
Se transpor a brotação
Para fazer a ramagem
Da próxima estação.
Gladis Deble
Ponto de Fuga
terça-feira, 20 de julho de 2010
sábado, 17 de julho de 2010
quinta-feira, 15 de julho de 2010
sexta-feira, 2 de julho de 2010
Estas ações em mim

Estas ações em mim
Quando a gladiadora se apresenta
com espada,máscara e escudo
como lutadora me defendo
a minha nau navega pro degredo
O inverno impõe o seu reinado frio.
Quando sou gladiola colorida
minhas pétalas respondem por mim
Sinto a primavera em poesia
e como palma brinco no jardim.
Quando a princesa do verão
acerta o compasso
e as aves voltam a beber na fonte
tenho rubores na face próprios da estação
Pinto boca e unhas de carmim.
Quando a fada do outono
deita as folhas e o véu da cerração
encobre os mundos eu canto com o vento
E danço disseminada na vegetação.
Gladis Deble
Quando a gladiadora se apresenta
com espada,máscara e escudo
como lutadora me defendo
a minha nau navega pro degredo
O inverno impõe o seu reinado frio.
Quando sou gladiola colorida
minhas pétalas respondem por mim
Sinto a primavera em poesia
e como palma brinco no jardim.
Quando a princesa do verão
acerta o compasso
e as aves voltam a beber na fonte
tenho rubores na face próprios da estação
Pinto boca e unhas de carmim.
Quando a fada do outono
deita as folhas e o véu da cerração
encobre os mundos eu canto com o vento
E danço disseminada na vegetação.
Gladis Deble
A Mochila

A MOCHILA
Na mochila da professora tem;
Uma caneta preta,óculos,batom...
Um perfume de lavanda que as vêzes vaza
Uma carteira de grana rasa
Uma tesoura de bom corte
Uma caixa de lápis de cor aquarelada
Um cartão que nem sempre anda
mas que sempre da suporte
prá comprar extravagancia.
Tenho fotos de crianças
figurinhas adesivas
desenhos dos meus alunos
declarações de carinho
Uma agenda carregada
rabiscada de poemas
Uma conchina quebrada
que ganhei em Paquetá
Um celular, um CD...
Quando fica muito pesada
Eu descarrego a tranqueira
Livros de arte,chaves,espelho
as vêzes até um pandeiro.
Fica leve por uns tempos
a lenda do meu viver...
Começo tudo de novo
...a máquina fotográfica
o cristal de quartzo rosa
Uma pedrinha da lua ou outra
achada na rua...
Um estojo de maquilagem fútil
E agora o título eleitoral,
esse inútil.
Gladis Deble
Na mochila da professora tem;
Uma caneta preta,óculos,batom...
Um perfume de lavanda que as vêzes vaza
Uma carteira de grana rasa
Uma tesoura de bom corte
Uma caixa de lápis de cor aquarelada
Um cartão que nem sempre anda
mas que sempre da suporte
prá comprar extravagancia.
Tenho fotos de crianças
figurinhas adesivas
desenhos dos meus alunos
declarações de carinho
Uma agenda carregada
rabiscada de poemas
Uma conchina quebrada
que ganhei em Paquetá
Um celular, um CD...
Quando fica muito pesada
Eu descarrego a tranqueira
Livros de arte,chaves,espelho
as vêzes até um pandeiro.
Fica leve por uns tempos
a lenda do meu viver...
Começo tudo de novo
...a máquina fotográfica
o cristal de quartzo rosa
Uma pedrinha da lua ou outra
achada na rua...
Um estojo de maquilagem fútil
E agora o título eleitoral,
esse inútil.
Gladis Deble
sábado, 26 de junho de 2010
Pomba poesia

Os poemas são pássaros que chegam não se sabe de onde
e pousam no livro que lês.
[Mario Quintana]
Pomba-Poesia
A preservação de aves selvagens
Implica, geralmente na criação
de uma floresta onde possam viver.
A existência de seres críticos
e uma raça humana pensante
sensível e amorosa depende de
boa educação, cultura e livros
Um município onde exista
uma floresta primitiva
que gravita acima dele
e outra que apodreça debaixo dele
É uma cidade adequada
para produzir feijão e milho
e fabricar alguma babaquice
para nossas modernas conveniências.
Num solo bom, cresceram
Homero, Confúcio ...
Já produzimos Veríssimos e Quintana.
Alguém disse que todas as palavras
já foram ditas e que
todos os poemas são de amor.
...Mas ,sempre soltamos nossas pombas-poesias
e esperançosos ficamos de que seja algo novo
e alguem possa acolhê-las, algum dia.
Gladis Deble
e pousam no livro que lês.
[Mario Quintana]
Pomba-Poesia
A preservação de aves selvagens
Implica, geralmente na criação
de uma floresta onde possam viver.
A existência de seres críticos
e uma raça humana pensante
sensível e amorosa depende de
boa educação, cultura e livros
Um município onde exista
uma floresta primitiva
que gravita acima dele
e outra que apodreça debaixo dele
É uma cidade adequada
para produzir feijão e milho
e fabricar alguma babaquice
para nossas modernas conveniências.
Num solo bom, cresceram
Homero, Confúcio ...
Já produzimos Veríssimos e Quintana.
Alguém disse que todas as palavras
já foram ditas e que
todos os poemas são de amor.
...Mas ,sempre soltamos nossas pombas-poesias
e esperançosos ficamos de que seja algo novo
e alguem possa acolhê-las, algum dia.
Gladis Deble
Paisagens

PAISAGENS
Numa alquimia doce e colorida
Cato folhas e pétalas na relva,
Percorro a pé a estrada conhecida
adenso os passos na trilha da selva.
As flores descartadas que encontrei
agora jazem repousando na infusão
e nos vidros transparentes que usei
Surgem cores para o encanto da visão.
A anilina aquosa que fabrico
com as flores silvestres que colhi,
São paisagens sem fim que passifico
pra não ficar em branco o que senti.
Gladis Deble
Numa alquimia doce e colorida
Cato folhas e pétalas na relva,
Percorro a pé a estrada conhecida
adenso os passos na trilha da selva.
As flores descartadas que encontrei
agora jazem repousando na infusão
e nos vidros transparentes que usei
Surgem cores para o encanto da visão.
A anilina aquosa que fabrico
com as flores silvestres que colhi,
São paisagens sem fim que passifico
pra não ficar em branco o que senti.
Gladis Deble
domingo, 20 de junho de 2010
Magia

Magia
Fauno que habita o arvoredo
que desce o oco da árvore
e toca flauta de brinquedo
Árvores transmitem sinais
poucos voltam do portão
Está escrito nos anais
Senhor do bosque
aguarda na mesa de pedra
antes que o lobo o embosque
A profecia se cumprirá
e nós iremos à guerra
Isso sempre vou lembrar
Flechas e arco encantado
uma espada de verdade
para cumprir o tratado
A magia é profunda
guia todos os destinos
este carvalho é seu mundo
Dança com a bruxa ao luar
tantos seres de magia
para o caminho encontrar.
Gladis Deble
Fauno que habita o arvoredo
que desce o oco da árvore
e toca flauta de brinquedo
Árvores transmitem sinais
poucos voltam do portão
Está escrito nos anais
Senhor do bosque
aguarda na mesa de pedra
antes que o lobo o embosque
A profecia se cumprirá
e nós iremos à guerra
Isso sempre vou lembrar
Flechas e arco encantado
uma espada de verdade
para cumprir o tratado
A magia é profunda
guia todos os destinos
este carvalho é seu mundo
Dança com a bruxa ao luar
tantos seres de magia
para o caminho encontrar.
Gladis Deble
sábado, 19 de junho de 2010
No jardim da Gladiola

NO JARDIM DA GLADIOLA
Eu sou Gladis
Nome de origem floral tenho sensores de fada
no tecido vegetal, sigo arabescos alada...
Desenho folhas recorto,gravo paisagens nos olhos.
Sou tagarela por dias, por noites fico calada,
segurando a rebeldia.
Viajo sempre nos livros, imagino musicais
personagens amorosos povoam meus festivais
colorida no jardim e perfumada no vaso
tenho por fila um jasmin.
A suavidade que reveste cada pétala minha
é a mesma que despe as folhas
e faz do inverno meu mais cruel inimigo
desde tempos remotos sigo por esse caminho.
Sou de aparência frágil como pluma me esfacelo
quase levada no vento mas quando o momento
é grave, resistente e muito forte.
Sou movida a poesia,cultivo bons sentimentos
a segurança é na asa que equilibra cada dia.
Quando sou flor,uma palma
visto túnicas fibrosas nas pessoas amo a alma.
Meu pai me deu esse nome de uma antiga namorada
que era de origem inglesa
significa que de algum território
com a espada sou princesa.
Gladis Deble
Eu sou Gladis
Nome de origem floral tenho sensores de fada
no tecido vegetal, sigo arabescos alada...
Desenho folhas recorto,gravo paisagens nos olhos.
Sou tagarela por dias, por noites fico calada,
segurando a rebeldia.
Viajo sempre nos livros, imagino musicais
personagens amorosos povoam meus festivais
colorida no jardim e perfumada no vaso
tenho por fila um jasmin.
A suavidade que reveste cada pétala minha
é a mesma que despe as folhas
e faz do inverno meu mais cruel inimigo
desde tempos remotos sigo por esse caminho.
Sou de aparência frágil como pluma me esfacelo
quase levada no vento mas quando o momento
é grave, resistente e muito forte.
Sou movida a poesia,cultivo bons sentimentos
a segurança é na asa que equilibra cada dia.
Quando sou flor,uma palma
visto túnicas fibrosas nas pessoas amo a alma.
Meu pai me deu esse nome de uma antiga namorada
que era de origem inglesa
significa que de algum território
com a espada sou princesa.
Gladis Deble
terça-feira, 15 de junho de 2010
Alguns muros

Alargadas as fronteiras buscando mais horizontes
Vejo na costa ampliada um mundo a ser descoberto.
Minha energia e essência temperada em águas tantas
que escorre dessa existência e esconde poderes remotos
e vontade de ajudar os seres que necessitam de pão,
palavras, afetos, cobertas ,educação.
A educação dos sentidos, a transparência nas relações
é da minha natureza, é da minha profissão
procurar as soluções em atividades mentais,
boas leituras, imagens e música,
só quero um pouco de arte e um tanto mais de alegria
e no dia que eu partir ter o conforto de saber
que meu sorriso doei, que fiz parte disso tudo.
Quando muitos eram sim eu segui meu coração
eu fui lá e disse não.
Algum muro derrubei.., em algum colei cartaz
a maioria pichei.
Gladis Deble
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Engano

Engano
Para que serve meu verso
Se não digo o que preciso
ou não entendo o que leio?
Nem meu veleiro de sonhos
que velejava veloz no mar azul ondulado
na enseada dos amores
agora sei, naufragou...
Se velejava solitária
e andava no fio do arame,
o meu mapa era confuso
agora é rio que passou.
Até o jardim encantado
com violas e canção,
agora é flor que murchou
as aves de migração
voaram todas pro norte.
Já casei com um navio
e fugi pra Portugal.
Não encontrei o Pessoa
e a fada não era eu...
Gladis Deble
terça-feira, 25 de maio de 2010
Casulo
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Cartilha

Cartilha
Mágica cartilha de versos
onde desenho meus mapas
Lá eu recrio seus passos
redemoinhos de rio.
Sinalizo com imagens
lugares que não passei
tem vestigio de viagens
e com voce já andei.
Na mensagem da garrafa
sou água do continente
sou a tinta que descreve
um país tão diferente.
Aparo algumas arestas
acrescento algum carinho
e a ternura vai surgindo
nos ícones do pergaminho.
Tem caravelas de mar
e tem barquinho de rio
conchas, botos e sereias
Na nossa lenda pessoal
tem tudo, mas não tem frio.
Gladis Deble
Mágica cartilha de versos
onde desenho meus mapas
Lá eu recrio seus passos
redemoinhos de rio.
Sinalizo com imagens
lugares que não passei
tem vestigio de viagens
e com voce já andei.
Na mensagem da garrafa
sou água do continente
sou a tinta que descreve
um país tão diferente.
Aparo algumas arestas
acrescento algum carinho
e a ternura vai surgindo
nos ícones do pergaminho.
Tem caravelas de mar
e tem barquinho de rio
conchas, botos e sereias
Na nossa lenda pessoal
tem tudo, mas não tem frio.
Gladis Deble
domingo, 16 de maio de 2010
Todas as brisas

No ápice agudo dos telhados
a rosa dos ventos
distribui seus legados.
Lá onde são desenroladas
todas as brisas,
o canto da ventania
desprende o sopro penetrante
e o tropel da invernia
lança suas flechas,
atinge meu peito e grita
seu nome no temporal.
Entro em casa fugindo
da tempestade de vento,
no reflexo da vidraça
seu olhar que não verei,
mas esta dor eu já sei
sempre me acerta e me acha.
Gladis Deble
domingo, 9 de maio de 2010
Como cantar em Havana

Numa mistura que sente
de sentimentos diversos
toda poesia pressente.
Traz conforto à abordagem
muita paz e confiança
marca feito tatuagem.
Há momentos de aflição
perde a terra sob os pés
vem na boca o coração
tendo medo do revés.
Nos instantes musicais
tem serenatas diurnas
flui alegria demais
é como cantar em Havana.
Gladis Deble
sábado, 8 de maio de 2010
Maria Poesia

Ó Mãe, saudade...
escrever para ti
eu tenho dificuldade.
Mas tu, minha Maria
é a causa principal
da minha poesia.
Minha melhor professora
nesta estadia na terra,
a maior facilitadora.
Cercou a filha de mimos
com requintes de princesa,
ensinou-me a fazer rimas
e os códigos da natureza.
Se o clima ficava tenso
impulsionava meus sonhos.
Parocinadora das artes.
Se precisava opinar tinha juízo de sobra
votava com genro e nora
esquecia do papel de sogra.
Gladis Deble
quinta-feira, 6 de maio de 2010
Quando
segunda-feira, 3 de maio de 2010
O Vazio
Fragmento
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