sábado, 24 de julho de 2010

Ramagem


Ramagem

Atrás do muro jalde-negro
Vou juntando quinquilharias
Tecendo peças da história
Entre musgo e fantasias.

Lá atras daquele muro
O vento assobia forte
Na solidão dos umbrais
Tece bordados estranhos
E a noite afia punhais.

O plátano verga os galhos
Esparrama suas folhas
E a vida não é pequena
Se transpor a brotação
Para fazer a ramagem
Da próxima estação.

Gladis Deble


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