sábado, 25 de setembro de 2010

Ânfora rosa



Ânfora Rosa

Minha taça de vinho erguida na mão
num lugar distante onde eu estive
é lembrança constante, sublime visão
rosado licor como beijos em desfile.

Dessa terna experiência me guardo em silêncio
Como a chuva que cai na cidade pequena
e nas trevas da noite essa quente covivência
me sinto melhor como as rimas na pena.

Só que o meu coração, ânfora rosa
não quer viver trancado, sem teu riso
Preciso dessa visão de paraiso.

Apesar de uma cena indecorosa
é preferível o vasilhame quebrado
do que te ver acorrentado e indeciso

GLADIS DEBLE

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