segunda-feira, 14 de junho de 2010

Engano


Engano


Para que serve meu verso
Se não digo o que preciso
ou não entendo o que leio?

Nem meu veleiro de sonhos
que velejava veloz no mar azul ondulado
na enseada dos amores
agora sei, naufragou...

Se velejava solitária
e andava no fio do arame,
o meu mapa era confuso
agora é rio que passou.

Até o jardim encantado
com violas e canção,
agora é flor que murchou
as aves de migração
voaram todas pro norte.

Já casei com um navio
e fugi pra Portugal.
Não encontrei o Pessoa
e a fada não era eu...

Gladis Deble


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