SOMBRAS
Se eu soubesse como retornar
desviava do fantasma que me segue
e esta sombra fiel a me rondar
é um véu violeta, ainda que breve...
Perdi o referencial, não sei quem sou
estrela, verme, pedaço de luar
Uma centelha do raio que passou,
meus fados vou cumprindo a penar
Qual montanha que gelo tem no alto
o manto de neve esconde lava
Oculta um coração em sobressalto
sigo a chorar na vida, turva e vaga
Pareço o pranto dos poetas que partiram
claustros antigos sob o fumo esvaem
Vulcões em convulsões se repartiram
Sigo demente fugindo das quimeras
com gelo entre as sombras do inverno
mesmo cantando em plena primavera.
Gladis Deble
Se eu soubesse como retornar
desviava do fantasma que me segue
e esta sombra fiel a me rondar
é um véu violeta, ainda que breve...
Perdi o referencial, não sei quem sou
estrela, verme, pedaço de luar
Uma centelha do raio que passou,
meus fados vou cumprindo a penar
Qual montanha que gelo tem no alto
o manto de neve esconde lava
Oculta um coração em sobressalto
sigo a chorar na vida, turva e vaga
Pareço o pranto dos poetas que partiram
claustros antigos sob o fumo esvaem
Vulcões em convulsões se repartiram
Sigo demente fugindo das quimeras
com gelo entre as sombras do inverno
mesmo cantando em plena primavera.
Gladis Deble
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